1-Segundo a música "HAITI"quem é a maior vítima da falta de cidadania no Brasil?Justifique
As vítimas da falta de cidadania são os cidadãos negros e pobres, pois há um grande preconceito, discriminação e uma criação de um esteriótipo de que todo negro e pobre esta ligado ao crime sendo encarados simplesmente como "pragas" da sociedade.
2-A letra da música "HAITI" denuncia alguns dos principais problemas vividos pela população brasileira na atualidade .APONTE-OS .
Alguns do problemas são a desigualdade, discriminação racial, preconceito etc.
3-Levando em conta toda a problemática social e política levantada em Haiti onde você identifica a possibilidade do Brasil superar sua condição de pobreza e injustiça, em outras palavras, de o Haiti não ser aqui?
Bom, existem muitos lugares do Brasil que enfrentam pobreza como nas comunidades,favelas ou até mesmo nos lixões, ou seja, mostrando que o Brasil possa ser o "Haiti", porém a economia do país vem se desenvolvendo cada dia mais, o maior exemplo disso é o fato do brasil estar no ranking dos países com o maior PIB mostrando que o Haiti não é aqui .... ou seja tudo é uma questão de ponto de vista, e na minha opinião, para o Haiti não ser aqui é necessário que as autoridades se mobilizem e comessem a investir nas áreas básicas.....
QUESTÕES SOBRE A REDEMOCRATIZAÇÃO
1-Quais os períodos da
ditadura política na história do Brasil recente? Cite as duas.
*Ditadura Vargas que foi de 1937 à
1945
*Ditadura Militar que foi de 1964 à
1985
2-Durante a ditadura Vargas qual o fato histórico ocasionou a
redemocratização política?
O motivo que
ocasionou a redemocratização política no Brasil foi o fim do chamado Estado
Novo.
3-Quais as características de uma
ditadura política?
A retirada de
direitos como a escolha parcial ou até mesmo total da população em relação ao
seus políticos; falta de liberdade para
fazerem a suas respectivas escolhas obedecendo apenas as ordens e leis impostas
pelos governantes como ocorreu no Brasil durante os períodos de ditadura.
4-O que foi o ato inconstitucional nº
5? Quando e por que ocorreu?
O ato inconstitucional
nº5 ocorreu durante a ditadura militar com o objetivo de tirar o poder de
cidadania da população para impor e tornar legal as praticas de uma ditadura como
o fechamento do Legislativo, fazendo com que o presidente só pudesse legislar em
seu lugar; suspensão dos direitos políticos e garantias constitucionais
individuais como por exemplo o habeas
corpus; intervenção federal em Estados e municípios; e também dava o direito do
presidente decretar estado de sítio.
5-O que foi o movimento das Diretas
Já?Quando esse fato ocorreu?
Diretas Já foi um movimento político democrático com grande participação
popular que ocorreu no ano de 1984. Este movimento era favorável e apoiava a
emenda do deputado Dante de Oliveira que restabeleceria as eleições diretas
para presidente da republica no Brasil.
6-Qual a relação da ditadura militar no Brasil e o período
chamado de Guerra Fria?
A Guerra Fria era uma briga entre os
capitalistas liderados pelos E.U.A e os socialistas liderados pela U.R.S.S e no Brasil haviam muitas pessoas que queria
implantar sistema socialista, logo os militares pediram apoio aos E.U.A que enviou
armamentos e policias para a implantação do regime militar no país.
7- Analise e reflita o valor ou não da democracia e responda
a seguinte questão:
O que é melhor para um país como o nosso,uma ditadura ou uma
democracia?
No período da ditadura militar os trabalhadores tinham seus
respectivos trabalhos garantidos sendo ruim apenas para quem ia contra o regime,
porém acredito que a melhor opção seja a democracia uma vez que o poder é
voltado para as necessidades dos cidadãos.
O dia 20 de novembro, data em que se
comemora o Dia Nacional da Consciência Negra.
A escolha dessa data não foi por acaso: em 20
de novembro de 1695, Zumbi - líder do Quilombo dos Palmares foi morto em uma
emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que
resultou no início da destruição do quilombo Palmares.
Comemorar o Dia Nacional da Consciência
Negra nessa data é uma forma de homenagear e
manter viva em nossa memória essa figura
histórica (Zumbi dos Palmares). Não somente a imagem do líder, como também sua
importância na luta pela libertação dos escravos, concretizada em 1888.
Escravidão no Brasil:
No Brasil, a escravidão teve início com
a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam
os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como
mão-de-obra escrava nos engenhos-de-açúcar do Nordeste. Os
comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem
mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles
mais fracos ou velhos.
O transporte era feito da África para o
Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas,
muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao
mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de
ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível.
Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma
alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões
escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram
constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais
comum no Brasil Colônia.
Eram proibidos de praticar sua religião
de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que
seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua
portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não
deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais,
praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até
desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também sofreram
muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta
mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras,
arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
No Século do Ouro (XVIII) alguns
escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria.
Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se
livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam
fechando as portas para estas pessoas.
O negro também reagiu à escravidão,
buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de
escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram
comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através
de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos
quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais
religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
àCampanha Abolicionista e a Abolição da
Escravatura
A partir da metade do século XIX a
escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em
ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês
aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o
poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta
prática.
Em 1850, o Brasil cedeu às pressões
inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro.
Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade
aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era
promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais
de 60 anos de idade.
Somente
no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente
proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em
13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
Situação dos negros no Brasil (Antiga e Atual)
O Brasil foi a última nação da América a abolir a
escravidão. Entre 1550 e 1850, data oficial do fim do tráfico de negros, cerca
de 3.600.000 africanos chegaram ao Brasil. A força de trabalho desses homens
produziu a riqueza do País durante 300 anos.
Apesar de a maior parte dos escravos não saber ler nem
escrever, isso não significava que não tivessem cultura. Eles trouxeram para o
Brasil seus hábitos, suas crenças, suas formas de expressão religiosa e
artística, além de terem conhecimentos próprios sobre técnicas de plantio e de
produção. Entretanto, a violência e a rigidez do regime de escravidão não
permitiam que os negros tivessem acesso à educação.
Oprimido e explorado, o negro encontrava nas suas
raízes africanas a força para resistir à dominação dos senhores nas suas
fazendas. E muitos aspectos de sua cultura permaneceram vivos, como, por
exemplo, a religião. O candomblé, ritual religioso com danças, oferendas e
cultos para Orixás, atravessou a história e aparece como uma prova de
preservação das raízes do povo africano no Brasil.
Foi somente em 13 de maio de 1888 que a Princesa
Isabel assinou a Lei Áurea, libertando todos os escravos. Mas para muitos essa
liberdade não poderia mais ser aproveitada como deveria. Após anos de
dominação, os negros foram lançados numa sociedade preconceituosa, de forma
desarticulada, sem dinheiro, sem casa, sem comida, sem nenhuma condição de se
estabelecer.
Hoje, no Brasil, ainda é possível ver os reflexos
dessa história de desigualdade e exploração. Alguns indicadores referentes a
população, família, educação, trabalho e rendimento e que são importantes para
retratar de forma resumida a situação social de brancos, pretos e pardos,
revelam desigualdades em todas as dimensões e áreas geográficas do País.
Apontam, também, para uma situação marcada pela pobreza, sobretudo para a
população de pretos e pardos.
Segundo dados da publicação Síntese de Indicadores
Sociais - 2000 - que reúne dados de pesquisas do IBGE, em 1999, a população
brasileira era composta por 54% de pessoas que se declararam brancas, 5,4% de
pretas, 39,9% de pardas e 0,6% de amarelas e indígenas.
Em termos regionais, a população branca está mais
concentrada no Sul (83,6%), a preta no Sudeste (6,7%), a parda no Norte (68,3%)
e a população amarela e indígena também no Norte (1%).
As diferenças referentes à educação diminuíram nas
duas últimas décadas, mas ainda são significativas. Em 1999, a taxa de
analfabetismo das pessoas com 15 anos de idade ou mais era de 8,3% para brancos
e de 21% para pretos e a média de anos de estudo das pessoas com 10 anos de
idade ou mais é de quase 6 anos para os brancos e cerca de 3 anos e meio para
pretos.
Apesar dos avanços nas últimas décadas na área da
educação, com declínio do analfabetismo e aumento da escolarização e da
escolaridade média, há muito que se fazer para alcançar níveis de qualidade,
eficiência e rendimento do ensino compatíveis com as necessidades atuais e
futuras de empregabilidade e de exercício da cidadania para a população jovem.
As diferenças são expressivas também no trabalho, onde
6% de brancos com 10 anos de idade ou mais aparecem nas estatísticas da
categoria de trabalhador doméstico, enquanto os pardos chegam a 8,4% e os
pretos a 14,6%. Por outro lado, na categoria empregadores encontram-se 5,7% dos
brancos, 2,1% dos pardos e apenas 1,1% dos pretos.
A distribuição das famílias por classes de rendimento
médio mensal familiar per capita indica que, em 1999, 20% das famílias cujo
chefe é de cor ou raça branca tinham rendimento de até 1 salário mínimo contra
28,6% das famílias pretas e 27,7% das pardas.
Ainda em 1999, a população branca que trabalhava tinha
rendimento médio de cinco salários mínimos. Pretos e pardos alcançavam menos
que a metade disso: dois salários. Essas informações confirmam a existência e a
manutenção de uma significativa desigualdade de renda entre brancos, pretos e
pardos na sociedade brasileira.
Um pouco mais sobre zumbi dos palmares
Z
Zumbi, para muitos o símbolo da resistência negra contra a escravidão, foi o último chefe do Quilombo dos Palmares, localizado na parte superior do rio São Francisco, na Serra da Barriga, antiga capitania de Pernambuco (atualmente Alagoas).
Não se conhece a data exata de seu nascimento. Com poucos dias de vida Zumbi foi capturado na região de Palmares pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e dado de presente ao padre Antônio Melo, em Porto Calvo. Batizado com o nome de Francisco, cresceu aprendendo latim e português. Aos 15 anos fugiu para Palmares e adotou o nome Zumbi, que significava guerreiro.
Logo passou a comandar militarmente o quilombo, governado por Ganga Zumba. Em 1678, provocou uma guerra civil no quilombo. Assumiu o lugar do líder e chefiou a resistência contra os portugueses, que durou 14 anos.
No final do século 16, as terras pernambucanas eram as mais prósperas das novas colônias portuguesas. Havia 66 grandes engenhos na região e, no litoral, uma estrutura que permitia o escoamento dos produtos. A cidade do Recife ficava a cada dia mais organizada. Foi nessa época que Palmares surgiu, quando os primeiros negros ali se refugiaram. Desde então, o mito em torno do quilombo havia crescido. Tinha leis próprias, algumas bastante rígidas.
Em 1630, as autoridades pernambucanas calculavam que o quilombo de Palmares contava com uma população superior a 3 mil pessoas que viviam da agricultura. Em uma crônica de 1678 já se contava que os palmarinos eram em número de 20 mil, ou talvez mais. Não era uma cidade, na metade do século 17, mas reunia onze povoados.
Macaco, na Serra da Barriga, era a capital. Possuía 1.500 casas, e uma população de cerca de 8 mil pessoas. Amaro tinha 5 mil habitantes e uma estrutura bem organizada. Outros povoados eram Subupira, Zumbi, Tabocas, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche...
A Coroa já tinha dado a ordem de acabar com o quilombo. Para destruí-lo, o poder colonial organizou 16 expedições oficiais. Quinze fracassaram devido à região montanhosa e às estratégias militares dos negros, embora fossem carente de armas. A expedição vitoriosa ficou a cargo de Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista treinado na caça aos índios. Comandou um exército de 2 mil homens, armados de arcos, flechas e espingardas.
Em 1694, chegou a Macaco, descarregando contra a comunidade todo o seu poder de fogo. A cidade resistiu durante 22 dias. Zumbi, depois de lutar bravamente, fugiu e se escondeu. Foi capturado e morto em 20 de novembro de 1695, depois de ter sido traído por companheiros. Seu corpo foi mutilado e a cabeça enviada para o Recife, onde ficou exposta em praça pública.
Conclusão
O dia 20 de novembro serve como um dia para refletirmos sobre a
história dos negros no Brasil e sobre a
trajetória de grandes heróis nacionais como é o caso de Zumbi dos Palmares que
lutou até o último dia de sua vida pela
libertação e reconhecimento dos negros na sociedade brasileira.
De fato, essa data representa a morte de Zumbi dos Palmares que foi morto
em um armadilha e deve ser reconhecida também como uma homenagem, afinal foi
devido a luta deste grande guerreiro que hoje nós negros e descendentes somo
livres…..
Fato histórico e principais personagens desse
acontecimentos
(Os Bestializados)
O fato histórico mencionado no livro foi a proclamação da
república, tomando como base para sua análise a cidade do Rio de Janeiro, não
podendo esquecer que a república tinha ou tem como objetivo : igualdade entre o
povo, ao menos política, com as elites; apesar brasileiro da não partipação do
povo.
República no Brasil
Introdução
O período que vai de 1889 a 1930 é
conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado
pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O
Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um
significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais
aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
àA República da Espada (1889 a 1894)
Proclamação
da República (Praça da Aclimação, atual Praça da República, Rio de
Janeiro, 15/11/1889)
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a
Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco
anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca,
tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o
vice-presidente Floriano Peixoto.
O militar Floriano, em seu governo,
intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.
*A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana) Após o início da República
havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a
antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu
alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois
representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição
implantou o voto universal para os cidadãos
( mulheres, analfabetos, militares
de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu presidencialismo
aberto.
àRepública das Oligarquias O período que vai de
1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor
agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano
Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos
controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam
com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o
setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste
paulista.
Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter
político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo
oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral
(implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A
Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do
movimento tenentista.
*Política do Café-com-Leite A maioria dos
presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois
estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político
da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam
favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do
leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de
empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o
crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou
provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste,
Norte e Centro-oeste ganharam pouca atenção destes políticos e
tiveram seus problemas sociais agravados.
*Política dos Governadores
Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava
manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos
entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos
partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a
candidatura presidencial e também durante a época do governo.
àO coronelismo A figura do
"coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República,
principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande
fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos
candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel
(fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de
seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como
o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas
do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também
utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos,
tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes
eleitorais e violência.
**O Convênio de Taubaté Essa foi uma fórmula
encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em
momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal
comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e
então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café,
principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos
fazendeiros de café.
àA crise da República Velha e o Golpe de
1930 Em 1930 ocorreriam
eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a
vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista
do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a
sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com
políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal) para
lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os
políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por
Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam
a Revolução de 1930. É o fim da República Velha início da Era Vargas.
Galeria dos Presidentes da República
Velha:
Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano
Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898),
Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a
15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha (14/06/1909
a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau
Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a
27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),
Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).
Curiosidade:
- O período da História do Brasil
conhecido como Nova República teve início em 1985, com o fim da Ditadura
Militar e início do processo de redemocratização. Este período da História do
Brasil dura até os dias atuais.
- A palavra República tem origem no
latim res publica, cujo significado é "coisa
pública".
Quem foram os “bestializados”?
Em relação ao título do livro Bestializados ,José Murilo de
Carvalho faz referência à frase do jornalista
republicano Aristides Lobo Sobre comportamento do povo brasileiro em relação à proclamação da república.
Conclusão:
A república brasileira contou apenas com a participação de
alguns idealizadores republicanos , entre eles
Aristedes Lobo , Rui Barbosa e
Quintino Bocaiúva e com a liderança do exército, mais precisamente Marechal
Deodora da Fonseca.
Ao contrario do que aparentou,a proclamação foi consequência
de um governo que não possuia base de
sustentação política e não contou com a participação popular.
Ou seja, não podemos comemorar em hipótese alguma o dia 15 de
novembro como uma conquista dos brasileiros já que muitos dos idealizadores que
participaram desse acontecimento foram de outros países, como é o caso do
estudioso francês Louis Couty, sendo
também outro fator, a não participação do povo brasileiro, sem poder esquecer é
claro que apenas o exército foi que realmente esteve a frente desse ocorrido.